Paisagens sonoras do interior
SINOPSE:
Os textos aqui reunidos falam de arte – mas não da arte tautológica e conquistadora que se aprecia segundo o preço pelo qual se vende, arte que tira sentido das exclusões que opera, que transtorna o gesto criador até que, perdendo seu elã, ele acabe por se dissolver no objeto.
A arte de que se fala aqui é todo o contrário disso, e talvez por isso mesmo, seu lugar é incerto, seu status indefinido, sua trajetória já feita, mas sempre a ser feita: estamos falando de uma arte de escravos, de subalternos, de colonizados, que superou a prova do tempo e chegou até aqui como testemunha de uma história de sofrimentos e superações, mas que deve ainda todo o tempo lutar contra as forças do esquecimento e inventar na lida diária seu devir.
Por isso este livro. Como a arte que busca tornar presente, ele está em processo, e atende à urgência de fazer saber que o samba rural, o fado de Quissamã, o jongo, a Mana-Chica não estão mortos, mas vivem nas práticas atuais dos habitantes da Bacia de Campos, eles próprios descendentes e herdeiros daqueles que, em tempos mais distantes, ajudaram a povoar a região.
Lílian do Valle
Professora titular de Filosofia da Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Doutora em Educação pela Université de Paris V – René Descartes (1982)
FICHA TÉCNICA:
Organizadores: Giovane do Nascimento e Hélio da Silva Júnior
Origem: Nacional
Editora: Brasil Multicultural
Idioma: Português
Edição: 1
Ano: 2020
País de Produção: Brasil
ISBN: 978-85-5635-133-3
Páginas: 176
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